quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Rio de Janeiro Imperial: 9 lugares históricos da Cidade Maravilhosa

O Rio foi cenário importante para a história e independência do Brasil

A cidade do Rio de Janeiro tem importância ímpar na história do Brasil e suas marcas continuam inconfundíveis em seu cenário urbano. Foi aqui que, em 1808, a família real portuguesa se instalou, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, tornando-a capital do reino. Menos de duas décadas mais tarde, foi aqui que Dom Pedro I seria coroado imperador do Brasil, após declarar a independência do país no 7 de setembro de 1822.


Lugares como o Paço Imperial, onde D. Pedro I foi consagrado imperador, a Ilha Fiscal, a Quinta da Boa Vista e a Igreja Nossa Senhora da Glória foram cenários de eventos que marcaram a momentos importantes do curto período imperial, até a proclamação da República, em 1889. Confira nossa seleção e volte um pouco no tempo para seguir os passos de Dom João VI, Dom Pedro II e outros personagens que marcam a história do Rio de Janeiro imperial.

Ilha Fiscal
Por muito tempo conhecido como a Ilha dos Ratos, a Ilha Fiscal ficou famosa por ser cenário do “Último Baile do Império”, que aconteceu poucos dias antes da Proclamação da República. Não só este, mas outros importantes fatos históricos se passaram ali. A ilha foi transferida para a Marinha em 1914 e, desde então, faz parte do Complexo Cultural do Serviço de Documentação da Marinha. O castelo é aberto à visitação e conta com três exposições permanentes, uma delas com a história do local e sua importância no século XIX

Jardim Botânico
Foi fundado em 1808 por D. João VI e, na época, chamado de Jardim de Aclimação — por ter como objetivo a adaptação de espécies trazidas das Índias Orientais. O local teve vários nomes até ser chamado de Jardim Botânico. Desde 1822 é aberto ao público e já recebeu a visita de importantes nomes como Einstein e a Rainha Elisabeth II do Reino Unido


Museu Nacional de Belas Artes
Criado oficialmente em 1937, o museu tem em seu acervo um conjunto de obras de arte trazido por D. João VI de Portugal, em 1808, e o material foi ampliado mais tarde por Joachin Lebreton — quem coordenou a Missão Artística Francesa. O acervo do Museu Nacional de Belas Artes foi enriquecido ao longo do século XIX e início do século XXIgreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro

Em 1670 ela era apenas uma pequena capela no topo do Outeiro, no bairro da Glória. Ao longe já podia ser avistada pelos navegantes que chegavam à baía de Guanabara. A construção de um templo maior foi finalizada em 1739. Mais tarde, em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro ganhou grande importância com a chegada da corte portuguesa. Em 1819, a princesa Maria da Glória, neta de D. João VI, foi batizada ali e a partir daí todos os membros da família Bragança foram consagrados no templo. Atualmente, as missas acontecem aos domingos, às 9h e às 11h


Museu Nacional
Criado por D. João VI, em 1818 e situado no palácio onde vivia a Família Imperial do Brasil, o Museu Nacional é a instituição cientifica mais antiga do país e uma das principais de história natural e antropológica da América Latina. Atualmente o museu integra a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro


Floresta da Tijuca
Depois de anos de desmatamento e plantações, principalmente de café, a área começou a ser reflorestada no século XIX, a mando de D. Pedro II, em 1861. Em 13 anos, a Floresta da Tijuca teve 100 mil mudas plantadas, com a coordenação do Major Gomes Archer, o primeiro administrador. O replantio foi feito com espécies majoritariamente do Ecossistema da Mata Atlântica. Mais tarde, e sob administração do Barão d’Escragnolle, foram introduzidas mais 30 mil mudas e ele transformou o lugar numa grande área de lazer — com um parque para o público, pontes, fontes e um projeto de paisagismo do francês Augusto Glaziou. Muitas outras transformações e revitalizações aconteceram com o passar dos anos e alguns atrativos merecem ser visitados pelos turistas como a Vista Chinesa (foto), a Cascatinha, a Capela Mayrink, o Mirante Excelsior, o Barracão, a Gruta Paulo e Virgínia, o Lago das Fadas e o Açude da SolidãoQuinta da Boa Vista

O parque fazia parte do Paço São Cristovão, para onde a família de imperadores do Brasil se mudou quando deixou o Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro. Com 155 mil metros quadrados, a Quinta da Boa Vista é repleta de árvores, lagos, grutas, jardins e foi projetada pelo paisagista francês Auguste Glaziou, em 1869. Hoje, o parque é um local de lazer dos cariocas e conta com o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro



Real Gabinete Português de Leitura
Idealizado por comerciantes portugueses, em 1837, com o objetivo de promover a cultura na então capital do Império, o Real Gabinete Português de Leitura reúne o mais valioso acervo de autores lusitanos fora de Portugal. São quase 400 mil títulos, boa parte vinda daquele país e espalhada por três níveis de estantes da biblioteca



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Canadá Verão Radical

Trilha sobre riacho no Fundy National Park, um dos passeios imperdíveis em New Brunswick - Foto: Tourism New Brunswick, Canadá

Prince Edward Island

Prince Edward Island, ou simplesmente PEI, é “o” lugar para quem busca simplesmente relaxar e deixar de lado as modernidades do século 21. A ilha de 195 quilômetros de comprimento e 61 de largura tem um ritmo próprio, onde ainda se veem entregadores de leite e garrafas de vidro retornáveis. A paisagem revela-se um colorido cenário com águasmuito azuis, gramados verdinhos, praias de areia vermelha e céu limpo. Charlottetown é sua capital e principal cidade. Uma curiosidade: o Prince Edward em questão é o filho do rei George III, da Inglaterra.

A praia canadense

Embora seja a menor província do país, Prince Edward Island abriga um dos mais belos trechos do litoral canadense. A costa norte da ilha, pedaço voltado para o Golfo de Saint Lawrence, permanece bem preservada graças, sobretudo, ao Prince Edward Island National Park. São mais de 40 quilômetros de praias de areia dourada, dunas cobertas de vegetação rasteira e falésias com tons avermelhados. Pela descrição, lembrou de Jeri, no Ceará, ou algo parecido? Pois as semelhanças param por aí. No verão canadense, quando as temperaturas passam dos 22° C, até dá para tomar banho de mar – as águas são “quentinhas”, se comparadas com o resto do país. Mas, mais do que se esbaldar na areia, como acontece no Brasil, o destaque aqui é contemplar a paisagem – e, sim, isso é um programaço.
No verão, o parque costuma receber milhares de visitantes, que chegam atraídos pelas belezas do lugar. Do fim da primavera até meados de outubro, as 15 trilhas ficam disponíveis para caminhadas. São trajetos tranquilos, relativamente planos, nenhum deles muito longo (alguns têm pouco mais de 1 quilômetro) e a maioria de fácil acesso – vários, aliás, podem ser percorridos de bicicleta, e alguns são adaptados para cadeirantes. Além do passeio em si, as caminhadas pelo parque permitem cruzar com animais selvagens (as raposas, por exemplo, são habitués por lá) e uma enorme diversidade de pássaros típicos da região.
Uma das trilhas mais complicadas – e indicadas para quem tem mais experiência em trekking – é a Homestead Trail, com quase 7 quilômetros de extensão e algumas inclinações nopercurso. E a mais cênica é, sem dúvida, a Greenwich Dunes Trail, que soma quase 5 quilômetros de extensão e passa por dunas, bosques e também por um deque de madeira construídosobre uma área alagada. No fim do trajeto, a diversão é escolher um trecho de areia e estender sua toalha, para um piquenique.

No inverno, o cenário muda por aqui, e, consequentemente, os atrativos também. Determinadas áreas, a maioria no Dalvay Lake, são liberadas para patinação no gelo e para quem gosta de esquiar. E, eventualmente, algumas trilhas permanecem abertas para caminhadas. Durante a estação mais fria do ano, contudo, a administração do parque pede que os turistas liguem antes para consultar quais passeios estão funcionando, uma vez que tudo depende das condições climáticas e das temperaturas registradas nos termômetros.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Saint-Barthélemy a Ilha da Fantasia



St. Barths





St. Barth’s chama-se Saint-Barthélemy.


A ilha também é pequena, são 32 praias fechadas, cercando uma ilha árida. Mas, nesse lugar — francês até a última gota de perfume —, cabe todo o requinte do planeta.


Basta chegar ao porto de Gustavia (a única cidade de St. Barth´s) e observar iates de cinco andares. A ilha não ostenta palacetes, dizem os nativos que seria um crime contra a elegância.





Já tínhamos escutado falar que St. Barth’s ou ainda St. Barts não atrai só magnatas com casas de veraneio. Hoje, também tem hotéis pequenos e exclusivos, como o nome e o destino da ilha. Para muitos, tornou-se a ilha mais exclusiva do Caribe.


O ponto ideal para admirar a enseada do porto chama-se Carl Gustaf. Este também é o nome do hotel erguido numa encosta, na altura exata para ver o pôr-do-sol no terraço.


A elegância exige bom senso. Ao ar livre, no próprio terraço funciona um piano-bar. Se puderem jantem no restaurante do hotel. A culinária é o fino do fino, pratos divinos e serviço exclusivo. Caso sua conta corrente seja ainda mais polpuda, hospede-se em um dos 12 bangalôs.


Todos têm piscina privativa na encosta, com vista para um conto de fadas. Os casamentos a tardinha fazem são tão românticos que até quem já casou num praia, fica com vontade de um revival. É lindo!





Bem, se vocês são o tipo de casal que se interessa pelo assunto é culinária, cabe explicar. A cozinha é francesa. Ninguém chega a reclamar desse fato, claro – só quem perdeu o juízo.


Mas a culinária local não se resume a foie gras, coq au vin e demais clássicos. Minha dica é entrar no MAYA’S ou se acomodar no terraço à beira-mar do restaurante. É imperdível. A ilha também apresenta a cozinha asiática no Eddy’s e thai-japonesa no Baz. Come-se bem em St. Barts. Muitíssimo bem.





Quem está a procura de sossego e bom serviço, optou pelo lugar certo.


Os hotéis estão muito bem localizados e contam com serviço exclusivo para casais em lua de mel. A maioria fica na Baie Saint-Jean.


São duas praias divididas por um acidente geográfico de nome emblemático: a Pedra do Eden.


Ali brilham as areias mais visitadas da ilha, sem ofender o sossego. Lá tem restaurantes e barzinhos na medida exata — como quase tudo em St. Barts. Estão a passos da sua comodidade, mas primam pela discrição. E sem música alta, évidemment.


Das 32 praias de St. Barts, apenas uma não tem acesso fácil. Quanto às outras, basta estacionar o carro.


E obviamente a praia que exige maior esforço para ser aproveitada também é considerada a mais bonita. A praia é a Colombier.





Tem areias imaculadas, rochas enormes e mar de transparente. Pegue uma das diversas trilhas de 30 minutos que levam a esse lugar espetacular. Vale a visita. Mas para quem prefere a comodidade, barcos zarpam diretamente para Colombier, a partir de Gustavia.


Há praias para aproveitar o sol em pontos mais isolados. Tanto no sul quanto no norte. Ao sul, estão Lorient, Marigot e Grand Cul de Sac. Ao norte Grand Saline e Gouverneur. Para chegar a Gouverneur, siga em direção a Lurin. A estrada não é lá essas coisas, mas a praia compensa – com palmeiras e a visão das ilhas próximas.


Uma lenda conta que um pirata do século 17, Montbars, o Exterminador, escondeu um tesouro, não encontrado até hoje.





Dicas:


Alugar um carro não custa uma fortuna e é imprescindível para conhecer a ilha. A moda entre os turistas mais descolados é alugar um mini-cooper.


Se quiser economizar nas refeições, basta ir a La Rôtisserie ou ao Maya’s to go. As lojas vendem queijos, vinhos, patês. Ninguém achará estranho se você fizer um piquenique. Muitos casais fazem disso uma comemoração.


O idioma francês predomina, mas nos hotéis, restaurantes e lojas, o inglês é falado pelos ilhéus.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pequeno manual de Orlando


As novas atrações, as melhores compras e algumas dicas mágicas para curtir os encantos da terra da fantasia

A cada ano, meio milhão de brasileiros desembarcam em Orlando. As meninas se transformam em princesas, os meninos em Peter Pan e todos se divertem a valer entre brinquedos que se renovam sempre. Para 2012, as novidades são as primeiras estreias da expansão do Magic Kingdom, a maior da história do reino maior da poderosa Disney; o simulador 3D do filme Meu Malvado Favorito, na Universal; e o Turtle Trek, que amplia os horizontes do SeaWorld para além da baleia Shamu. Orlando também tem compras irresistíveis, capazes de fazer você esquecer a vizinha Miami. Primeira vez na Disney? Ou já está careca de vestir as orelhas do Mickey?No conjunto de quatro parques, quem dá o toque de fada é o Magic Kingdom, com seus castelos de princesas, suas paradas e seus espetáculos de fogos dedicados aos personagens mais amados pelas crianças. Dentro dele fica Fantasyland, uma área temática que promete dobrar de tamanho até 2014. A primeira estreia dessa expansão foi a inauguração de mais um carrossel Dumbo the Flying Elephant, em que os pimpolhos pilotam encantados as orelhas dos elefantes voadores. Em breve, a Fera, de A Bela e a Fera, ganhará um castelo cenográfico com o restaurante Be Our Guest, e a sereia Ariel terá uma casa no “fundo do mar”. O complexo reúne ainda o Animal Kingdom, habitat de dinossauros de brinquedo e bichos de verdade, o futurista Epcot Center e o Hollywood Studios, que agora tem brinquedos como oToy Story Mania!, onde carrinhos “cospem” imagens em 3D.Na mesma área dos parques, o império de Mickey estende-se a 25 hotéis temáticos

Primeiro parque temático da Universal, o Universal Studios surgiu em 1990 como uma extensão do mundo do cinema, explorando cenários e personagens de filmes como E.T. e Shrek. Dez anos depois, a empresa inaugurou o Islands of Adventure, hoje seu parque blockbuster: foi lá que, em 2010, o bruxinho Harry Potter ganhou área exclusiva com direito a Castelo Hogwarts, cerveja amanteigada e sapos de chocolate. Neste ano, o Islands deu um upgrade no Amazing Adventures of Spiderman, brinquedo que mescla filme 3D com efeitos especiais, e criou uma parade estrelada por Bob Esponja. Mas a atração mais esperada de 2012 é o ride 3D da animação Meu Malvado Favorito, previsto para julho


Ilustração do manual de Orlando

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Trem no Equador leva ao Nariz do Diabo


Viaje no teto do vagão por paisagens alucinantes na Cordilheira dos Andes

A viagem de trem rumo ao Nariz do Diabo, nos Andes equatorianos, pode começar a bordo de um desses pitorescos ônibus turísticos, chamados de Chiva. Com tarifas de US$ 5 a US$ 8, eles recolhem e transportam os viajantes até a estação de embarque. Há duas opções para iniciar a jornada sobre trilhos: Riobamba ou Alausí, cidades situadas ao sul de Quito, a capital do Equador.

Das viagens cênicas de trem, o percurso rumo ao Nariz do Diabo, no Equador, é dos mais insólitos. Em vez de se acomodarem nas poltronas indicadas no bilhete, os turistas são encorajados a subir no teto do vagão e por ali se instalam. E assim viajam: com a brisa fria da Cordilheira dos Andes na cara e os olhos repletos de paisagens de tirar o fôlego. Aventura garantida.

Parece loucura, mas até que não. Ninguém "surfa" sobre o trem. Todos viajam sentados e em segurança. Mas saiba que o máximo de conforto são almofadinhas colocadas sobre os estrados instalados no teto, protegido nas laterais por barras de ferro. Na boa, você nem terá tempo de se incomodar com isso. E, se achar que não vale a pena, basta descer e voltar para dentro da cabine, o que pode ser feito sem riscos a qualquer momento da viagem, inclusive com o trem em movimento.

A locomotiva sai de Riobamba, cidade 188 quilômetros ao sul de Quito, a capital equatoriana. A partir daí serão aproximadamente 120 quilômetros numa viagem com duração em torno de quatro horas. O bilhete custa o equivalente a US$ 20 por pessoa. Outra opção de embarque é em Alausí, acolhedor povoado que fica já bem pertinho do tal Nariz do Diabo, com passagem mais barata.

Picos nevados, canyons, rios e vilarejos vão enchendo os olhos dos turistas ao longo do trajeto. Do teto do trem, com o tempo aberto, a vista chega a alcançar um raio de 300 quilômetros. A diversidade de paisagens é o grande atrativo do circuito. Os Andes, com seus impressionantes vulcões e campos de cultivo similares a colchas de retalhos, protagonizam o passeio.

A primeira parada se dá na Estação de Guamote, onde é possível usar o sanitário e saborear deliciosos salgados feitos à base de milho pelos indígenas. É também o momento de ficar em pé sobre o teto do trem para esticar um pouco as pernas. Dali, a composição segue a serpentear nas encostas íngremes andinas.

Quando os trilhos enfim chegam aos 3.100 metros sobre o nível do mar começa o desafio: descer a montanha do Nariz do Diabo... em ziguezague! Somente assim, indo de um lado para o outro na mesma face da colina, o trem pode baixar de 2.346 metros para 1.860 metros sobre o nível do mar por um terreno em acentuado declive.

As manobras desafiam a habilidade do condutor. Em alguns trechos é preciso engatar a marcha à ré. Por conta do alto grau de dificuldade do trajeto, os descarilamentos são comuns. Mas nada que cause grandes transtornos, ao contrário: faz parte da aura de aventura que envolve o passeio. Até porque nos trechos mais complicados o trem avança suavemente. Alta velocidade, apenas no começo e no fim do trajeto.

A viagem rumo ao Nariz do Diabo tem saídas diárias a partir das 7 horas. A capacidade, no teto, é de 30. Cancelamentos podem ocorrer em decorrência das condições climáticas. Se o tempo estiver instável, melhor postergar a experiência. Ah, e mesmo sob sol, gorros, luvas e um casaco corta-vento são bem-vindos. 
                Equador


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Conheça a “capital paulista da cachaça”



Muita sombra e água fresca que passarinho não bebe em Monte Alegre do Sul, estância hidromineral com cerca de 7 mil habitantes, no Vale Camanducaia, no Circuito das Águas Paulista, a cerca de 135 quilômetros de São Paulo. Não é à toa que o município ostenta o título de “capital paulista da cachaça”: já chegou a ter uma centena, mas hoje concentra um pouco mais de 50 alambiques de cachaça artesanal, com adegas de vinho caseiros e licores de frutas da região.

A produção da bebida destilada começou no ano de 1905 com a colonização italiana, manteve-se por gerações e vem se profissionalizando nas últimas décadas. Por ano, são engarrafados em torno de 500 mil litros da pinga artesanal produzida com fermento natural em toneis de cobre. A cachaça é filtrada em carvão e descansa em tonéis de madeira.

A produção da bebida em geral é encontrada na zona rural mas como a estância se assemelha a uma pacata vila, lembrando que começou a se formar com a implantação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em 1873, tem somente 117 km² de extensão e as propriedades rurais estão a menos de 5 quilômetros da área urbana.

Tranquilidade
Na cidade, as ruas tranquilas foram calçadas por paralelepípedo e cercadas por casas erguidas durante a colonização cafeeira. Muitas edificações foram mantidas com suas características originais de época e ocupadas por moradores ou por estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes, empórios e lojinhas de artigos diversos.

Há uma delegacia, o posto de saúde, a prefeitura, câmara municipal e a única agência bancária da cidade que é do Banespa Santander. Há uma agência dos correios, farmácia, o Balneário Municipal e a Igreja Santuário do Senhor Bom Jesus.

Em 2003, foi formada a APROCAMAS (Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique de Monte Alegre do Sul e Região). São 57 produtores associados, inclusive representantes de cidades vizinhas. O objetivo é atender às exigências de mercado acompanhando as novas tecnologias, introduzir embalagens e rótulos estilizados.

Monte Alegre do Sul já é um convite para um pequeno gole tanto em suas águas mineral que descem pelas pedras, riachos e cachoeiras como da bebida extraída do vapor da fervura da guarapa de cana de açúcar. É cercada por morros com vegetação remanescente da Mata Atlântica e ideal para descanso.

Adega de pedras
Há 30 anos que José Narciso Brolezi Salzani, o Italiano, construiu a Adega do Italiano, uma casinha com a pedra madeira sobreposta à beira da estrada. Neste tempo, aprendeu a fazer cachaça e vinho e montou um alambique. Por ano, engarrafa 3 mil litros de pinga artesanal, produzida entre julho e novembro. E mais 3 mil de vinho das uvas colhidas no começo do ano na propriedade.

“Temos a cachaça pura e dá para fazer uns 90 tipos diferentes. As mais procuradas são a com canela, com rabo de cascavel, com cipó cravo, arruda, quiné, carqueja”, conta. O Italiano faz também um perfumado vinho seco, suave e doce. Outra iguaria apreciada é o licor de morango, maracujá, jabuticaba.

Brechó no alambique
Quando o alambique não é utilizado e os latões de cobre estão secos é a vez do brechó de peças de alta costura de diversas partes do planeta. “As roupas são de grifes nacionais como Maria Bonita e Reinaldo Lourenço ou as mais badaladas pelo mundo como Moschino, Chanel, Givenchy”, conta Cathy Henry, que faz a exposição itinerante e costuma levar a vários locais um guarda-roupa recheado de artigos garimpados em diversos países. O preço varia entre R$ 30 e R$ 300.

Dada Macedo é sócia (com o marido) do Espaço da Fonte, um canto charmoso que agrega bar, restaurante e ateliê com exposição permanente de cerâmica. Além, é claro, do alambique da Cachaça da Fonte na parte superior da construção e uma adega no piso inferior. Na entrada, uma fonte de água natural ornamentada por antigas peças de alambique.

Empório São Bento
Na porta da loja, há um velho tonel de madeira que avisa que ali além de cachaça dá para fazer uma feirinha básica. O Empório São Bento têm embutidos, salames e queijos caseiros, pimenta, pães artesanais, sucos, geleias, doces e café. Em outra saleta, o visitante encontra lembrancinhas como cortinas de delicadas cerâmicas, pequenos oratórios, telas de pintura de artistas locais e artesanatos de madeiras.

Panquecas
Antes ou depois de degustar uma cachaça aqui e ali, a opção é experimentar uma panqueca, que é “uma melhor que a outra” como informa o anúncio da Lanchonete Daólio. São 34 tipos de temperos com recheio desde atum, quatro queijos até frango, carne e calabresa.



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Descubra todo calor de Natal, até no inverno

A capital do Rio Grande do Norte foi descoberta recentemente pelo roteiro turismo, trazendo uma grande onda de desenvolvimento e uma corrida para melhoria de infra-estrutura.
Além das lindas praias, do morro do careca, do parque das dunas e do maior cajueiro do mundo, Natal conta ainda com outros importantes trunfos turísticos, como o bem preservado forte dos Reis Magos e a base de lançamento de foguetes da Barreira do Inferno.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Esqui: confira as melhores opções de pistas perto do Brasil

Brasileiro adora neve e o fato de não possuirmos centros de esqui no país não atrapalha essa paixão. Afinal, quem precisa de neve em casa quando temos Argentina e Chile tão perto? A sorte para esquiadores com experiência ou simplesmente para os que querem descobrir a neve e todas as suas atividades é que os vizinhos têm diversas estações de esqui na Cordilheira dos Andes, algumas delas reputadas por estar entre as melhores do mundo. A cada ano aumenta, não menos de 20%, o número de brasileiros descendo as pistas da região

Confira as principais pistas de esqui da América do Sul

1. Portillo, Chile
A estação de Portillo fica a 164 km ao norte de Santiago. De suas 19 pistas, 65% são para esquiadores avançados e profissionais, que também podem aproveitar os circuitos fora de pista e serviço de heliski, um helicóptero que leva os esquiadores para pistas ainda mais selvagens e com uma vista magnífica sobre os Andes. Portillo tem apenas um hotel, que é um luxuoso resort ski-in/ski-out, ou seja, você pode sair esquiando do hotel, voltar para tomar um banho quente e descansar sem precisar se preocupar com o transporte.

2. Valle Nevado, Chile
A apenas 60 km da capital chilena, a estação de Valle Nevado tem três hotéis: o Tres Puntas, com preços relativamente acessíveis; o Puerta del Sol, intermediário, e o Hotel Valle Nevado, que é mais caro e luxuoso. Com muitos dias de sol por ano durante a temporada, Valle Nevado conta com percursos fora de pista para esquiadores avançados em montanhas que chegam a mais de cinco mil metros de altura. Para principiantes, esquiadores médios e avançados, Valle Nevado tem, ao todo, 34 pistas e caminhos.

3. Las Leñas, Argentina
No coração dos Andes, na província de Mendoza e a mais de 1000 km de Buenos Aires, Las Leñas é um dos destaques dos centros de esqui argentinos. Com 29 pistas e 14 meios de elevação, a estação tem uma descida que chega a 7 km, combinando as pistas Apolo, Neptuno e Venus. O resort é ideal para famílias, com vários espaços para iniciantes, mas sem deixar de oferecer pistas para esquiadores mais avançados. Las Leñas é conhecida pelos luxuosos hotéis com nomes de símbolos do zodíaco: Acuario, Aries e Virgen.

4. Bariloche, Argentina
Assim como Florianópolis e Búzios foram tomadas pelos “hermanos”, Bariloche parece território do Brasil: ouve-se português nas pistas e na cidade, que é charmosa como poucas. A 19 km de Bariloche, o Cerro Catedral tem 53 pistas, 39 meios de elevação e é o destino mais completo da América do Sul. Tudo isso, claro, com uma vista fantástica sobre o Lago Nahuel Huapi e os cumes nevados dos Andes. Hospedar-se no mítico e luxuoso Hotel Llao Llao é um jeito de fazer da sua viagem a Bariloche ainda mais inesquecível.

5. San Martin de los Andes, Argentina
A pequena cidade de San Martin de los Andes, na província argentina de Neuquén, destaca-se por suas belezas naturais, como o Lago Lanin, um dos sete lagos perto da cidade e, principalmente, pela Chapelco, sua estação de esqui. Famílias escolhem este destino pela variedade de pistas aptas para todos os níveis. Chapelco tem ainda aulas grupais e particulares e muitas opções de alojamento, desde hotéis luxuosos até cabanas mais econômicas. A gastronomia é um destaque na cidadezinha, com excelentes fondues e pratos típicos da região, como o famoso cordero patagônico.

6. Cerro Bayo, Argentina
Perto de Villa la Angostura, em Neuquén, Cerro Bayo é uma novidade entre as estações de esqui da Argentina. Traz o conceito de Centro de Esqui Boutique, o que faz dele o mais exclusivo do país com um atendimento único voltado para o conforto dos esquiadores. A 80 km de Bariloche e a 110km de San Martin de los Andes, Cerro Bayo tem setores exclusivos para cada nível de esqui e snowboard, além de zonas para freestyle, com 12 km de pistas esquiáveis e 1km de pista atravessando florestas virgens com uma fantástica paisagem sobre o lago Nahuel Huapi.

7. Cerro Castor, Argentina
Na distante Terra do Fogo, a estação de Cerro Castor é conhecida pelas suas 26 pistas, pelas suas belas paisagens e, principalmente, pela qualidade de sua neve, usada para treinar por esquiadores profissionais de diversos países. Pela sua proximidade da cidade de Ushuaia (menos de 30 km), é ali que muitos esquiadores se hospedam, mas há também um hotel ao pé da estação, o Castor Ski Lodge, com 15 confortáveis cabanas de madeira.

8. Termas de Chillan, Chile
Termas de Chillán, a 400 km de Santiago, é uma das estações de esqui mais belas e exclusivas do Chile. Com três hotéis de luxo e 32 pistas e a maior pista da América do Sul (13 km), o Ski Resort de Termas do Chillán é perfeito para famílias. O toque especial do resort são suas famosas águas termais, um jeito excelente de relaxar rodeado pela beleza dos Andes chilenos após um longo dia de esqui ou snowboard.