terça-feira, 29 de novembro de 2011

Turismo no Rio de Janeiro - Paraty e Trindade

Roteiros paradisíacos marcam Paraty

 Carolina Lauriano Do G1 RJ, em Paraty


Com um cenário natural deslumbrante, Paraty, no Sul Fluminense, agrada a todo tipo de turista. Dezenas de praias e ilhas, para quem é de sol; belas cachoeiras, para os amantes da natureza; roteiros curiosos dos alambiques, para quem aprecia a cachaça; e para os que se encantam com a história do Brasil, um centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com um dos conjuntos arquitetônicos coloniais mais perfeitos e harmoniosos do país, segundo a UNESCO.

O que é unânime, entre moradores, guias e agências de viagem, é que os passeios de barco são imperdíveis. E são mesmo. Paraty é cercada por uma reserva ambiental muito rica. A água cristalina e a mata verde preservada impressionam.


No cais da cidade, entre as dezenas de embarcações, uma escuna chama atenção pelo tamanho. Reformada recentemente, a partir de dezembro levará até 280 pessoas, a maior capacidade de todas as escunas da cidade. A maioria leva até 150 pessoas.
O barco Estrela da Manhã tem três andares, 29 metros de comprimento e oito de largura. Dentro dele, onde ficam a cozinha e o restaurante, tem até ar condicionado.
São dois banheiros – masculino e feminino – revestidos de mármore. Uma televisão de plasma será instalada para compor o ambiente, de acordo com o gerente da empresa responsável, Samuel Júnior.

Além de serviço de bordo e almoço, a escuna também tem música ao vivo. O valor cobrado é o mesmo da maioria: R$ 30. A partir de 15 de dezembro, na alta temporada, o preço sobre para R$ 40.
Os passeios de barco duram em média cinco horas e saem do cais entre 10h e 11h e são fechados em agências ou na hora mesmo, diretamente no cais. Todos fazem de três a quatro paradas em ilhas e praias, para mergulho. Mas é importante ressaltar que o turista corre o risco de viajar em um grupo que não lhe agrade e ainda não gostar do roteiro. Como são muitas horas no mar, desconfie de preços abaixo da média.




 
Os trajetos variam, dependendo do dia e da maré. Entre as paradas estão a Praia da Lula, Praia Vermelha, Jurumirim, Akita, Praia do Engenho, Lagoa Azul, Saco da Velha e Ilha Comprida. Se possuir snorkel, vale a pena levar.
A cidade histórica foi escolhida pelo casal Edmara Soares de Souza e Antônio Carlos Leite escolheu passar a lua-de-mel. Primeira parada, passeio de escuna.
“É muito bonito. A gente ainda não sabe o que fazer na cidade, só sabíamos que tinha que fazer o passeio de barco e conhecer o centro histórico”, disse ela.

Centro Histórico
Os casarios coloniais do centro histórico são o grande charme de Paraty e o principal cenário. É preciso não ter pressa, para caminhar sem hora pelas ruas encantadoras, com o calçamento irregular conhecido como "pé-de-moleque". É bom levar sapatos confortáveis.

Vale conhecer as quatro igrejas da cidade. O cartão-postal e a mais antiga é a Santa Rita dos Pardos Libertos, no Largo Santa Rita, em frente ao cais, onde também fica a antiga cadeia. Seguindo pela orla, tem a igreja Nossa Senhora das Dores, na Rua Fresca, que foi construída por mulheres. A maior da cidade é a Igreja Matriz, em frente à praça de mesmo nome. E no meio do centro, na Rua do Comércio, esquina com a Dr. Samuel Costa, fica a N.S. do Rosário, que era frequentada por escravos.

Outra atração no centro são as lojinhas de artesanato. As principais ficam na Rua da Lapa, na Dona Geralda e na Rua da Praia. Os coloridos balões feitos de cabaça ou papel maché. As miniaturas de barco também se destacam.
As opções de restaurantes e cafés são muitas, para todo tipo de gosto e bolso. Há desde gastronomia italiana e francesa até a culinária regional. Para se hospedar, as pousadas mais luxuosas estão no centro histórico, o local mais prático para ficar, onde também há pousadas modestas. Mas há boas opções também nos arredores. 
Paraty possui uma extensa agenda de eventos culturais. O mais famoso deles é a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que se tornou uma das mais famosas no mundo da literatura.

 Cantinhos inexplorados 
 
O G1 separou duas dicas em Paraty que são pouco exploradas, mas que valem conhecer. A primeira delas é uma visita ao Quilombo Campinho da Independência, comunidade descendente de três escravas. Fica na BR-101, km 584, cercado por mata nativa.
O restaurante serve pratos típicos dos quilombolas locais, feitos com produtos da agricultura familiar, como o peixe à moda quilombola (peixe grelhado com palmito, farofa de banana da terra com camarão e arroz branco). O ambiente é simples, alegre e aconchegante, com redes na varanda onde é servida a comida, para o turista poder relaxar após a refeição. Vale visitar o ateliê dos artesãos. Quem estiver com tempo, pode fazer o roteiro oferecido por lideranças da comunidade. Custa R$ 30 por pessoa e dura em media 3h. O guia conta toda a história do quilombo, visita famílias, a casa de farinha, as plantações e a oficina de artesanato. O grupo também pode optar por conhecer o grupo de jongo. 

O outro segredo só vale se estiver calor e a maré estiver baixa. Ponto turístico importante em Paraty, o Forte Defensor Perpétuo fica no alto do Morro do Forte e tem uma bela vista da cidade, além, é claro, de abrigar um acervo de peças autênticas da Grã-Bretanha, como os canhões, e diversos objetos dos séculos XVIII e XIX. Após a visita, o turista, se estiver com trajes de banho por baixo da roupa, pode descer a grande pedra que vai dar no mar verde e mergulhar em águas cristalinas, em um cantinho reservado e desconhecido.


Cachoeiras

As cachoeiras em Paraty são de fácil acesso e ótimas para banho. Uma das mais conhecidas é a da Pedra Branca. As quedas d'água formam uma piscina. Logo na entrada estão as ruínas da antiga hidrelétrica de Paraty. Fica em propriedade particular, na estrada para a Fazenda Murycana, e custa R$ 2. Tem estacionamento.

A cachoeira do Tobogã é outra bastante procurada, por ter uma enorme pedra por onde a água escorre e forma um escorrega, que vai até um poço natural. Fica na estrada para Cunha, no km 8. Os visitantes escorregam sentados, enquanto os frequantadores locais praticam o surfe na pedra, modalidade de esporte que ganhou até competição na região. A 100 metros fica a Ponte do Tarzã, com uma grande pisicna natural.


O Poço do Inglês é outra dica para quem prefere a mata e água doce. Um profundo poço formado  no local permite que o visitante se pendure em uma corda e se jogue no meio da psicina natural.


 Cachaça

 A cidade cresceu no fim do século XVIII, quando serviu de porto para transportar o ouro descoberto em Minas Gerais. Toda riqueza chegava em Paraty através da trilha atualmente conhecida como Caminho do Ouro. Outro fator de grande importância econômica foi a construção de centenas de engenhos e alambiques, para produzir açúcar e aguardente. Por conta disso que Paraty virou referência em cachaça e possui até o Festival da Pinga, no mês de agosto.
Visitar um alambique também é uma opção de lazer. O turista pode conhecer o processo de fabricação da cachaça e ainda degustar as variações da aguardente. Os mais conhecidos são: Maria Izabel, que faz a tradicional pinga da cidade (a 7 km de Paraty, sentido Angra dos Reis, após a praia do Corumbê); Coqueiro (BR-101, km 583); Engenho D'ouro (estrada para Cunha, km 8); e a Fazenda Murycana (estrada para Cunha, km 6).
Quem segue do Rio de Janeiro para Paraty, deve ficar atento a um trecho de 2,5 km com apenas uma pista funcionando no esquema "siga e pare", logo na chegada à cidade. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), o local passa por obras de restauração da pista, que inclui drenagem e acostamento. A previsão é que o serviço seja concuído em seis meses.

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário